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Racismo e Futebol não combinam
Racismo e Futebol não combinam

Parabéns aos torcedores do Clube de Regatas Vasco da Gama. Eles, homens, mulheres e crianças, demonstraram ao mundo que o racismo é tão velho e ultrapassado que não tem, não deve e não pode mais ter espaço no futebol. Não se poderia imaginar uma resposta melhor que a dada pelos vascaínos a parte de torcedores do Libertad (Paraguai), que no jogo de ida, em 14 de março deste ano, cometeram atitudes racistas para com o jogadores brasileiros do Vasco, os zagueiros Dedé e Renato Silva.


Curiosamente o jogo da volta caiu no dia 21 de março, dia internacional de combate ao racismo. Uma série de protestos pacíficos foi levada a campo pelos torcedores do Vasco (músicas, mãos pintadas em preto e branco, faixas com frases anti racistas). O protesto vascaíno mexeu com muita gente, e despertou o orgulho adormecido em seus torcedores. O histórico de Vasco na luta contra o racismo é admirável.

Pode ele não ter sido o primeiro clube a inserir mulatos e negros no futebol, mas sem dúvidas foi o primeiro agente político, dado às suas limitações, a lutar pela inserção do negro no futebol, que antes era uma prática restrita à classe alta e branca.

Parece-nos que o Vasco, no seu jogo pela “Libertadores da América”, ao contrário da briga por títulos, saiu na frente mais uma vez na luta contra o racismo. Seus torcedores transformaram o estádio, um espaço a princípio de lazer, num palco de expressão popular, expressando pacificamente a sua revolta e indignação contra atos racistas em nível global, pois o jogo foi transmitido para o mundo inteiro.

Recentemente vimos alguns episódios racistas envolvendo jogadores brasileiros dentre os quais o caso do zagueiro brasileiro Juan, hostilizado pela torcida do Lazio (clube italiano com ligações neofacistas). Outro brasileiro a sofrer com o racismo foi Roberto Carlos, que parece ser perseguido por atos deste tipo. Afinal de contas, manifestações preconceituosas contra o lateral esquerdo aconteceram quando ele jogava no Real Madrid (Espanha) e, mais recentemente, jogando pelo Anzhi (Rússia), onde um torcedor jogou uma banana em sua direção.

O protesto vascaíno seria uma mostra de que no futebol brasileiro, assim como em sua sociedade não existe espaço para o racismo? Espero prontamente que sim, como também que outros clubes brasileiros adotem a estratégia dos Vascaínos, protestando pacificamente contra esses atos deploráveis. Todos nós também esperamos que a FIFA, entidade máxima do futebol, tome medidas mais duras contra os clubes destas torcidas que acabam estragando o espetáculo.

*Monitor da disciplina História Contemporânea II, Ministrada pelo Prof. Dr. Dilton Cândido S. Maynard (Departamento de História, Universidade Federal de Sergipe).

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