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28 DE ABRIL  DIA DA SOGRA
28 DE ABRIL DIA DA SOGRA

Você já pensou em dar um presente, mandar flores ou simplesmente dar um abraço e os parabéns à sua sogra? O relacionamento com ela não está tão bem? Então o Dia da Sogra é uma excelente oportunidade para demonstrar grandiosidade de espírito e dar o primeiro passo na busca da reconciliação. Afinal, ela é a mãe de seu cônjuge e avó de seus filhos.
O bom relacionamento nora, sogra e filho-marido ou genro, sogra e filha-esposa é muito importante. Vale a pena. E a felicidade, com a bênção de Deus, fará de todos pessoas que contribuem para bem desempenhar o papel que lhes foi reservado na existência.
 

Casa da Sogra

Era um outono de pouca chuva. Os parques se enchiam de folhas amarelas, marrons, avermelhadas, um tapete móvel que deslizava conforme a vontade do vento. Foi a primeira vez que Neusa pisou em Londres. Nervosíssima, nem notou a beleza das castanhas caindo das árvores, as crianças com sacolas catando as frutas no chão: vinha para conhecer a sogra.

Já noiva de um inglês aventureiro, que se apaixonara em dois meses e a arrebatara do Brasil de mala e cuia, esta professorinha de 25 anos começou a ver, no aeroporto, o que teria de enfrentar antes de se casar com um estrangeiro.
- Quanto tempo vai ficar aqui? Motivo da viagem?
- Fico só um mês, vim conhecer minha futura sogra.

Pronto, pra que foi dizer isso? Fizeram-lhe mais uma dúzia de perguntas. Sorte que o futuro marido estava esperando atrás do balcão de imigração. Foram primeiro para a casa dele. "Melhor, assim descanso e fico mais bonita", pensou. Mas, antes de entrarem no apartamento, Mrs.Green, a sogra, já ligava para o filho. Ela vivia numa casa de campo a duas horas de carro da cidade. Queria saber quando chegariam, o jantar do dia seguinte precisava sair impecável.

- Minha mãe é muito organizada, tudo tem que estar perfeito, nos mínimos detalhes, explicava o noivo, cheio de dedos.

Neusa nunca se intimidara com mãe de namorado, mas começava a ficar apreensiva. Agora estava em território inimigo. Entendia a língua mais ou menos, nenhuma experiência com usos e costumes. "Vou dar gafe, com certeza…" Naquela noite não dormiu.

- "Será que ela cumprimenta com beijinho ou dá aperto de mão? Se for beijinho, quantos serão? Ai, meu Deus! Será que ela vai oferecer manga inteira de sobremesa só para ver se eu sei descascá-la com garfo e faca? Não, não pode ser. Manga é fruta tropical, não vão servi-la logo aqui. Xii, mas aqui é coisa exótica, vai ver é chique comer manga depois do jantar." E assim foi a conversa com o travesseiro por toda a madrugada.

No dia seguinte ela nem teve tempo de falar com o noivo sobre esses detalhes. Ele parecia mais intimidado do que ela na estrada, dirigindo o carro rumo à casa da mãe. Anos depois ela descobriria o porquê: apresentar a noiva em casa é compromisso sério, até mais solene do que o próprio casamento. Regras centenárias. Ela, que nunca pensara nessas formalidades, apresentou-o aos seus pais um dia depois de se conhecerem. Tinham que ir juntos a uma festa, ele nem sabia que os pais dela estariam lá. "Papai, mamãe, este é o fulano", pronto, estava feito, ninguém pensa mais no assunto.

Para quê tanta preocupação? Depois ele comentou: "Você foi tão apressada!". Pobre Neusa: ficou sem entender as diferenças.

Ao chegarem, apertos de mão, sorrisos. Só então ela se lembrou: deveria ter levado umas flores, uns bombons. Que fora! O pai era simpático, veio logo com um copo de cerveja na mão. Ela tomou o primeiro gole: morna! Segurou a vontade de fazer careta. "Está ótima", disse, sorrindo.

À mesa tudo corria bem. Não havia talheres demais e nem manga inteira à vista. Tudo à inglesa, para ela ir se acostumando com os pratos nacionais, que nem são tantos assim. A estrela do jantar seria uma torta de carne que cheirava bem. Ao provar o primeiro pedaço, caiu na besteira de perguntar o que era.
- "Kidney pie, darling! Torta de rim de porco, um de nossos pratos mais tradicionais."

Claro, a vontade foi de sair correndo para o banheiro. Mas Neusa se segurou na cadeira. Foi engolindo pedaços bem pequenos da torta sem mastigar, achando tudo, lógico, uma delícia.

A sobremesa foi a salvação: torta de maçã. Já mais à vontade, tentando esquecer os rins de porco, Neusa foi até a cozinha, será que Mrs. Green precisa de ajuda com o café?
- "Não, querida, está tudo organizado. Mas não tomamos café aqui. Só chá. Você não gosta de chá?"
- "Adoro chá…"

Minutos depois a bandeja chegava à mesa. O bule com um chá preto forte, fumegante, misturado a um pouco de leite frio, no minuto em que chegava ao fundo das xícaras. "Chá quente com leite?", pensava Neusa. "Por essa eu não esperava".

E mais surpresas estariam reservadas para o dia seguinte. No café da manhã, ela seria bombardeada com ovos fritos, toucinho, feijão e torradas. Tudo acompanhado pelo chá com leite. Mas, o amor, ah, o amor! Ela se casou, sim, com o inglês aventureiro. E vive convidando a sogra para comer feijoada e moqueca de peixe. Na sobremesa, uns quindins bem amarelinhos…

Autora: Inês Rodrigues

Os cinco "AS": Regras de ouro para Noras

Luz María de la Fuente, também ela nora e sogra, apresenta aqui algumas regras de ouro para um bom relacionamento entre noras e sogros.

De nada nos adianta saber a teoria, se os conhecimentos e boas intenções não se cristalizam em propósitos claros e firmes. O bem deve ser praticado já. Em que consiste então, do ponto de vista prático, o amor da nora pelos sogros? Vejamos algumas regras de ouro que, de certa forma, o resumem:

* Aceitar a ajuda dos sogros, pedir-lhes que "dêem uma mão" cuidando dos filhos, nas compras, na escolha de um bom lugar para passar os fins de semana, etc... Ou seja, deixar-se ajudar por eles. Os sogros, avós ou não, sentem-se muito honrados das noras e genros precisarem deles... até onde for razoável precisar.

* Acompanhá-los, fazer-lhes companhia. Quando a nora está com os sogros, eles devem sentir a sua companhia. Não dá na mesma estar de qualquer maneira, por simples obrigação, pensando em outra coisa, desejando ir-se embora, assistindo à televisão ou ocupando-se em alguma tarefa na cozinha, e estar de verdade, centrando todo o afeto e atenção neles. Pode-se estar com os sogros durante várias horas no fim de semana, ou apenas uns breves minutos em que se passa pela casa deles para cumprimentá-los... Tanto faz. O essencial não é o tempo, é demonstrar-lhes que se tem afeto por eles. Fazer companhia é uma bela maneira de conviver e de alegrar a solidão dos pais e dos sogros. Não esqueçamos que a palavra companhia (do latim cum e panis) significa compartilhar o pão. Haverá algo mais íntimo e expressivo para manifestar a afeição que nos une àqueles que necessitam de nós?

* Aconselhar-se com os sogros, pedir-lhes conselho com freqüência sobre os mais diversos assuntos, mesmo que em princípio se saiba muito bem o que fazer; afinal, ninguém é obrigado a pôr em prática sempre o que lhe recomendam. Por outro lado, porém, quantas vezes não se descobrem "dicas" de grande valia e utilidade prática onde nem sequer se suspeitava que elas podiam ser encontradas! Portanto, quanto mais conselhos - e poucos haverá tão desinteressados como os dos sogros -, melhor.

* Ajudá-los. No relacionamento com os sogros, deve-se evitar procurá-los principalmente por motivos utilitários. A melhor maneira de sanar essa tendência, tão em voga hoje em dia pela insegurança que caracteriza os casais jovens, é "virar o jogo". Explico-me. Por que não poderia a nora perguntar de vez em quando à sua sogra: "Em que posso ajudá-la?" E não se trata, obviamente, de uma mera fórmula de cortesia: é, antes, uma atitude de serviço. Porque deve estar disposta a meter ombros, se essa pergunta receber resposta...

Nota especial destinada às sogras: a nós, os "jovens velhos" - que formamos na atualidade a ingente multidão de avós e sogros animados por uma grande vontade de viver e de continuar na linha de frente -, talvez nos repugne especialmente a perspectiva de deixar-nos ajudar pelos nossos filhos e seus cônjuges, porque "nos sentiríamos inúteis". De certa forma, toda a nossa vida transcorreu com a preocupação de servir os outros, e agora... Mas devemos fazê-lo, mesmo que seja apenas para dar ocasião aos nossos filhos, por natureza ou afins, de demonstrarem o seu carinho...

* Autonomia. Um jovem casal deve estar empenhado em construir o seu próprio lar, ou seja, em buscar quanto antes a autonomia. Aceitar a ajuda dos sogros, acabamos de vê-lo, é uma forma de caridade, mas nada tem que ver com depender deles por tempo indeterminado, sobretudo em matéria econômica. Um casal jovem tem de buscar a sua autonomia em todos os âmbitos, e quanto antes.

Hoje, são cada vez mais comuns os casos em que os sogros de um ou de ambos os lados têm de ir em socorro dos recém-casados, primeiro para pagarem o apartamento ou a casa, depois para não se atrasarem com as prestações do carro, depois para montarem um negócio próprio... E chega-se a uma situação em que esses "filhinhos de papai" acham simplesmente "natural" que "os velhos" deixem de sair de férias ou adiem uns consertos na casa para acudi-los em seus gastos.

Li em algum lugar que "a boa sogra deve ter a boca fechada e a bolsa aberta". Penso que este é um dos casos em que a sabedoria popular se equivoca. É evidente que pode haver situações inesperadas em que seja necessária uma ajuda "extra", mas isso não pode tornar-se um incentivo habitual, digamo-lo com todas as letras, para a indolência, a imprevidência ou a ambição dos jovens. Do ponto de vista dos sogros, é preciso que vençam a timidez e aprendam a dizer "não", ou "basta", de maneira amável, porém decidida; mas a iniciativa deveria partir - sejamos honestos - da jovem geração, tão ciosa de moldar a própria vida.

O que digo da ajuda econômica aplica-se igualmente a todos os outros "subsídios" que se solicitam aos sogros: transformar-lhes a casa em "pensão", enquanto ainda não se tem moradia própria; ou em "berçário", deixando habitualmente o filho pequeno com eles nos fins de tarde ou fins-de-semana, só para se poder "curtir" com tranqüilidade o curso de cerâmica ou o cineminha; ou ainda em "restaurante" ("Mamãe, vim jantar aqui hoje porque a Laurinha resolveu fazer compras com as amigas e só volta tarde", ou, pior ainda: "A gente veio jantar hoje porque a Patrícia aqui não estava com vontade de cozinhar hoje"), etc.

Prezadas candidatas a noras ideais, este é um ponto que eu desejaria que todas tivessem muito presente. Amar é o contrário de ser um fardo!

Autora: Luz María de la Fuente

SOGRA

Sempre criticadas, mal amadas, ridicularizadas, xingadas, indesejadas...

Assim fazem com elas, as sogras...
Rotuladas, esquecem que essas mulheres
também são humanas, também têm sentimentos.

Antes de serem sogras são mães, e o amor de mãe prevalece.

A maioria das sogras age como verdadeiras mães que ganham mais um(a) filho(a).

Por isso mesmo deveriam ser mais respeitadas, mais amadas e menos criticadas.

São excelentes avós, e grandes amigas. Só precisam ser conquistadas e amadas.

Por isso... ao invés de criticá-las, procure entendê-las. Ao invés de odiá-las, ame-as.

Só assim poderás perceber a pessoa maravilhosa que tens ao teu lado.

Autora: Sandra Mamede

Fonte: http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diasogra.html

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