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DROGAS NA ADOLESCÊNCIA (PSICÓLOGA: Ana Patrícia dos Santos Cruz.)
DROGAS NA ADOLESCÊNCIA (PSICÓLOGA: Ana Patrícia dos Santos Cruz.)

 

ADOLESCENTES E DROGAS


      Os adolescentes estão entre os principais usuários de drogas. Os levantamentos epidemiológicos sobre o consumo de álcool e outras drogas entre os jovens no mundo e no Brasil mostram que é na passagem da infância para a adolescência que se inicia esse uso. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de três milhões de crianças e adolescentes fumem tabaco. O álcool é usado pelo menos uma vez por mês por mais de 50% dos estudantes das últimas séries do que corresponde ao nosso ensino médio, sendo que 31% chega a se embriagar mensalmente. No Brasil, o panorama mudou completamente nas últimas décadas. Até o início da década de 80, os estudos epidemiológicos não encontravam taxas de consumo alarmantes entre estudantes. No entanto, levantamentos realizados a partir de 1987 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre as Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (CEBRID) têm documentado uma tendência ao crescimento do consumo.

DROGAS


DEFINIÇÃO: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), DROGA  é toda a substância que, introduzida em um organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções. São substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que podem causar donos físicos e psicológicos as quem consome.

     O uso constante pode  levar à mudança de comportamento e á criação de uma dependência, um desejo compulsivo de usar a droga habitualmente, ao mesmo tempo que o consumidor passa a apresentar problemas orgânicos decorrentes de sua falta.

POR QUE OS ADOLESCENTES USAM DROGAS?


PRINCIPAIS CAUSAS:

 * Solidão;

 * Falta de informação;

 * Más companhias (influência de “amigos”);

 * Decepções;

 * Desentendimentos com os pais;

 * Ausências dos pais.

Nestas situações, as drogas podem se apresentar ao adolescente como a solução dos problemas que o aflige. È uma triste ilusão!

CONSEQUÊNCIAS DO USO ABUSIVO DE DROGAS


  *   Queda do desempenho escolar;

  *   Dificuldade de aprendizagem;

  *   Atraso no desenvolvimento e estruturação das habilidades   cognitivo-comportamental e emocionais;

  *   Morte por acidentes rodoviários e overdose.


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Roseanne, aos 29 anos,na primeira foto e aos 37 na última:de prisão em prisão, o retrato de um rosto que definha.

TIPOS DE DROGAS


A lei diferencia as drogas lícitas (cigarro, álcool, medicamentos) das ilícitas (cocaína, crack, ectasy, entre outros).

As drogas são classificadas de acordo com a ação que exercem sobre o sistema nervoso central. Elas podem ser depressoras, estimulantes, perturbadoras e drogas com efeito misto.

 DEPRESSORAS:  substâncias que diminuem a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais lentos. Fazem parte desse grupo o álcool, os tranqüilizantes, o ópio e seus derivados, como a morfina e a heroína.

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Morfina

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Heroína

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Ópio

TIPOS DE DROGAS


ESTIMULANTES: aumentam a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais rápidos. Excitam especialmente as áreas sensorial e motora. Nesse grupo estão as anfetaminas, a cocaína e o crack.


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Anfetaminas

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Cocaína

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Crack


   PERTURBADORAS: são substâncias que fazem o cérebro funcionar de uma maneira diferente, muitas vezes com efeito alucinógeno. Não alteram a velocidade dos estímulos cerebrais, mas causam perturbações na mente do usuário. Incluem a maconha, o haxixe, os solventes orgânicos (como a cola de sapateiro) e o LSD (ácido lisérgico).


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Maconha

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Haxixe

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Cola de sapateiro

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LSD


DROGAS COM  EFEITO MISTO: combinam dois ou mais efeitos. A droga mais conhecida desse grupo é o ecstasy, metileno dioxi-metanfetamina (MDMA), que produz uma sensação ao mesmo tempo estimulante e alucinógena.

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Ecstasy

DEPENDÊNCIA QUÍMICA


   DEFINIÇÃO: é a extrema necessidade que uma pessoa tem de usar determinada substância química afim de obter algum tipo de prazer. A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais) em sua vida quanto alimento, água, repouso,etc. É um estágio avançado, no qual a ausência de substâncias químicas no organismo (abstinência) causam diversas reações físicas como náuseas, dores no corpo, mal estar.



DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA: nota-se quando o indivíduo começa a pensar que aquela substância é de extrema importância na sua vida e passa a usar com frequência.

DEPOIMENTO DE UM USUÁRIO


    Antes de se suicidar, Percy Partrick, dependente de drogas, endereçou uma carta emocionante alertando os jovens.

    Talvez você encontre “amigos” que lhe ofereçam gratuitamente um pouco da coisa (droga) para depois, sucessivamente, fazer você pagar por ela. No princípio o preço é reduzido, mas quando perceberem que você se tornou viciado (dependente), aumentarão os preços. Não esqueça que a mesma pessoa que lhe vendeu a maconha, terá, em reserva para você, também a heroína.

    E tudo isso, por quê? Não certamente pela sua felicidade, mas para obter dinheiro.

    A droga pode oferecer momentos de felicidade, mas a cada um destes momentos corresponde um século de desespero que jamais poderá ser apagado. A droga destruiu todos os meus sonhos de amor, as minhas ambições e a minha vida no seio da família.

 

Drogas que Aumentam a Atividade Mental


 

SUBSTÂNCIA

ORIGEM

CONHECIDAS COMO

POSSÍVEIS EFEITOS

OUTROS EFEITOS

Anfetaminas

Substâncias sintéticas obtidas em laboratório.

Metanfetamina, “ice”, “bolinha”, “rebite”, “boleta”. Moderex, Hipofagin, Inibex, Desobesi, Reactivan, Pervertin, Preludin.

Alívio da tensão e da ansiedade, relaxamento muscular, sonolência, fala pastosa, descoordenação dos movimentos, falta de ar.

Em altas doses podem causar queda da pressão arterial. Quando usadas com álcool, aumentam os seus efeitos, podendo levar a estado de coma. Em grávidas podem causar má formação fetal.

Cocaína

Substância extraída da folha de coca, planta encontrada na América do Sul.

“Pó”, “brilho”,  “crack”, “merla”,  “pasta-base”,  etc.

Sensação de poder, excitação e euforia. Estimula a atividade física e mental, causando inibição do sono e diminuição do cansaço e da fome. O usuário vê o mundo mais brilhante, com mais intensidade.

Pode causar taquicardia, febre, pupilas dilatadas, suor excessivo e aumento da pressão sanguínea. Podem aparecer insônia, ansiedade, paranóia, sensação de medo ou pânico. Pode haver irritabilidade e liberação de agressividade. Em alguns  casos, podem  aparecer  complicações  cardíacas,  circulatórias e  cerebrais  (derrame  cerebral e  infarto do  miocárdio).

O uso  prolongado  pode levar à  destruição do  tecido cerebral.

Tabaco (nicotina)

Extraído da folha de fumo.

Cigarro, charuto e fumo.

Estimulante, sensação de prazer.

Reduz o apetite, podendo levar a estados crônicos de anemia. O uso prolongado causa problemas circulatórios, cardíacos e pulmonares. O hábito de fumar está freqüentemente associado a câncer de pulmão, bexiga e próstata, entre outros. Aumenta o risco de aborto e de parto prematuro. Mulheres que fumam durante a gravidez têm, em geral, filhos com peso abaixo do normal. 


 

Drogas que Produzem Distorções da Percepção


 

SUBSTÂNCIA

ORIGEM

CONHECIDAS COMO

POSSÍVEIS EFEITOS

OUTROS EFEITOS

Maconha (tetraidrocanabinol)

Substância extraída da planta Cannabis sativa.

Maconha, haxixe, “baseado”, “fininho”, “marrom”.

Excitação seguida de relaxamento, euforia, problemas com o tempo e o espaço, falar em demasia e fome intensa. Palidez, taquicardia, olhos avermelhados, pupilas dilatadas e boca seca.

Prejuízo da atenção e da memória para fatos recentes; algumas pessoas podem apresentar alucinações, sobretudo visuais. Diminuição dos reflexos, aumentando o risco de acidentes. Em altas doses, pode haver ansiedade intensa: pânico; quadros psicológicos graves (paranóia). O uso contínuo prolongado pode levar a uma síndrome amotivacional (desânimo generalizado).

Alucinógenos

Substâncias extraídas de plantas ou produzidas em laboratório.

LSD (ácido lisérgico, “ácido”, “selo”, “microponto”), psilocibina (extraída de cogumelos) e mescalina (extraída de cactos).

Efeitos semelhantes aos da maconha, porém mais intensos. Alucinações, delírios, percepção deformada de sons, imagens e do tato.

Podem ocorrer “más viagens”, com ansiedade, pânico ou delírios.

Ecstasy (metileno-dióximetanfetamina)

Substância sintética do tipo anfetamina, que produz alucinações.

MDMA, “extase”, “pílula do amor”.

Sensação de bem-estar, plenitude e leveza. Aguçamento dos sentidos. Aumento da disposição e da resistência física, podendo levar à exaustão.

Alucinações, percepção distorcida de sons e imagens. Aumento da temperatura e desidratação, podendo levar à morte. Com o uso repetido, tendem a desaparecer as sensações agradáveis, que podem ser substituídas por ansiedade, sensação de medo, pânico e delírios.



Drogas que Diminuem a Atividade Mental



SUBSTÂNCIA

ORIGEM

CONHECIDAS COMO

POSSÍVEIS EFEITOS

OUTROS EFEITOS

Ansiolíticos ou tranquilizantes

Substâncias sintéticas produzidas em laboratório.

Sedativos, calmantes. Valium, Lexotan, Diazepan, Dienpax, Librium, Lorax, Rohypnol, Dalmadorm.

Alívio da tensão e da ansiedade, relaxamento muscular, sonolência, fala pastosa, descoordenação dos movimentos, falta de ar.

Em altas doses podem causar queda da pressão arterial. Quando usadas com álcool, aumentam os seus efeitos, podendo levar a estado de coma. Em grávidas podem causar má formação fetal.

Álcool etílico

Obtido a partir de cana-de-açúcar, cereais ou frutas, através de um processo de fermentação ou destilação.

Álcool, “birita”, “mé”, “mel”, “pinga”, “cerva”.

Em pequenas doses: desinibição, euforia, perda da capacidade crítica; Em doses maiores: sensação de anestesia, sonolência, sedação.

O uso excessivo pode provocar náuseas, vômitos, tumores, suor abundante, dor de cabeça, tontura, liberação da agressividade, diminuição da atenção, da capacidade de concentração, bem como dos reflexos, o que aumenta o risco de acidentes. O uso prolongado pode ocasionar doenças graves como, por exemplo, cirrose no fígado e atrofia (diminuição) cerebral.

Inalantes ou solventes

Substâncias químicas.

Cola de sapateiro, esmalte, benzina, lança-perfume, “loló”, gasolina, acetona, éter, tíner, aguarrás e tintas.

Euforia, sonolência, diminuição da fome, alucinações. Tosse, coriza, náuseas e vômitos, dores musculares. Visão dupla, fala enrolada, movimentos descoordenados e confusão mental.

Em altas doses, pode gerar queda na pressão arterial, diminuição da respiração e dos batimentos do coração, podendo levar à morte. O uso continuado pode causar problemas nos rins e destruição dos neurônios (células do sistema nervoso), podendo levar à atrofia cerebral. O uso prolongado está frequentemente associado a tentativas de suicídio.

Narcóticos (ópio e seus derivados: heroína, morfina e codeína)

Extraídos da papoula ou produtos sintéticos obtidos em laboratório.

Heroína, morfina e codeína (xaropes de tosse, Belacodid, Tylex, Elixir paregórico, Algafan). Dolantina, Meperidina e Demerol.

Sonolência, estado de torpor, alívio da dor, sedativo da tosse. Sensação de leveza e prazer. Pupilas contraídas.

Pode gerar queda de pressão arterial, diminuição da respiração e dos batimentos cardíacos, podendo levar à morte. Na abstinência (interrupção do   uso): bocejos, lacrimejamento, coriza, suor abundante, dores musculares e abdominais. Febre, pupilas dilatadas e pressão arterial alta.



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