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A depressão, normalmente, está ligada a emoções e pensamentos negativos. No entanto, um novo estudo sugere que isso pode ser um problema relacionado à dificuldade em apreciar experiências agradáveis.
A pesquisa é da Universidade Estadual de Ohio. Os resultados mostraram que, quando se trata que questões negativas, tanto pessoas depressivas quanto pessoas que não sofrem com o problema têm respostas muito parecidas.
No entanto, os depressivos não conseguiam nem chegar perto das respostas das outras pessoas quando o estímulo era positivo.
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“Como a depressão é caracterizada pelo pensamento negativo, é fácil assumir que as pessoas depressivas absorvam mais as experiências negativas da vida, mais do que o normal, mas não é assim” explica Laren Conclin, co-autora da pesquisa.
Os pesquisadores testaram 34 pessoas, 17 diagnosticados com depressão e 17 saudáveis. O estudo foi um dos primeiros a ligar a depressão com as atitudes de uma pessoa diante de novos eventos ou novas informações.
De acordo com Daniel Strunk, outro autor da pesquisa, a chave da pesquisa foi o uso de um jogo de computador chamado “BeanFest” (algo como festival dos feijões). O objetivo do jogo é encontrar e classificar feijões em bons e em ruins – analisando sua forma, cor e possíveis manchas.
Feijões “bons” davam pontos para os jogadores, enquanto feijões ruins os tiravam. Os participantes precisavam fazer o maior número de pontos possíveis.
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O jogo pode parecer trivial, mas segundo Strunk, ele oferece uma maneira única de analisar como pessoas recebem boas e más informações.
“É algo mais simples do que perguntar sobre a vida das pessoas e como elas agiram diante de cada evento. Os voluntários poderiam ter formado juízos, aprendido com suas ações. Diante do jogo, eles não tinham experiências já formadas e pudemos observar suas ações espontaneamente” explica Strunk.
No jogo, as pessoas escolhiam se aceitavam ou não o feijão, baseando-se em sua aparência. Apenas depois da escolha, os pontos eram reduzidos ou acrescentados. Se o feijão fosse rejeitado, os pontos permaneceriam iguais.
Os voluntários não-depressivos puderam identificar 61% dos feijões ruins, resultado praticamente igual aos dos depressivos.
Mas, enquanto os estudantes não-depressivos identificaram 60% dos feijões bons, os depressivos identificaram somente 49%. Ou seja, os feijões bons foram identificados melhor pelas pessoas que não sofrem de depressão.
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“Novos métodos de terapia precisam encorajar as pessoas depressivas a se lembrarem mais e aproveitarem melhor as coisas boas da vida. Ver o aspecto positivo de novas experiências” conclui Strunk. [Science Daily]
Fonte:http://hypescience.com/pessoas-com-depressao-tem-dificuldade-em-aprender-as-coisas-boas-da-vida/